O tratamento de hidrocefalia é CIRÚRGICO na maioria das vezes!

As principais técnicas cirúrgicas são:

Todas tem como racional criar um novo fluxo para circulação do liquor (água que todos nós temos dentro do crânio)

Derivação interna com válvula

Um sistema de silicone que retira a água de dentro do crânio e a direciona para alguma cavidade do corpo com capacidade de absorção, controlando a velocidade de drenagem a partir de uma válvula.

Especialmente útil quando há alteração na capacidade de absorção do liquor.

A derivação mais comum é onde as pontas se localizam no ventrículo e no peritônio – a Derivação Ventrículo Peritoneal (DVP)

A DVP não tem data de validade, não é necessário trocar o sistema a cada determinado intervalo de tempo

Raio-X mostrando Sistema de DVP em Recém-Nascido

Terceiroventriculostomia Endoscópica (TVE)

Utilizando uma câmera cirúrgica intraventricular, é possível criar um novo caminho para o liquor rompendo o assoalho do terceiro ventrículo, mais especificamente o tuber cinereo.

A principal indicação é pacientes portadores de Estenose de Aqueduto

A vantagem deste procedimento é a ausência de qualquer material sintético(prótese) dentro do paciente após o procedimento cirúrgico

Trans-operatório de TVE, após abertura de assoalho de III ventrículo

Derivação Ventricular Externa

Tratamento emergencial e transitório da hidrocefalia.

É o procedimento emergencial neurocirúrgico mais comum, salvador de vidas!

Não é possível dar alta hospitalar para um paciente com DVE.

Sangramento Intraventricular visto em TC

Há medidas não-cirúrgicas que alteram a produção, circulação e capacidade de reabsorção do liquor, como medicamentos, ajustes de hidratação venosa, altura da cabeceira, punções lombares de alívio, entre outros.

Hidrocefalia é uma doença ameaçadora a vida e necessita de tratamento urgente!

(fonte: Greenberg, M., Handbook of Neurosurgery, 10h Edition, 2023.)

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